terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

JCPE: E.S.Gomes. A primeira treinadora de animais do turfe pernambucano.

E.G.Silva. 
Joqueta ainda não, mas quem em um futuro próximo, sabe, Anna Karollyna que vem muito bem nas corridas do pônei possa nos dá essa alegria, já que algumas garotas tentaram e por um motivo ou outro o Jockey Club de Pernambuco ainda não conseguiu ter uma joqueta genuinamente pernambucana. Bem, se ainda não temos uma joqueta pra chamar de “nossa,” vamos ter a primeira treinadora de animais PSI do turfe pernambucano. Com matrícula provisória de três meses, Maria Elisangela da Silva Gomes, 49 anos, sendo 28 deles convivendo no mundo do turfe, Neném como é conhecida no meio turfista vai finalmente realizar o sonho de ver seu nome inscrito num programa oficial.   

O Sonho era ser joqueta. Aos 12 anos, Neném começou a se envolver com cavalos de corrida no JCPE, mas o seu pai era contra e logo veio a questão do peso que é crucial para a profissão de jóquei. Decidida a trabalhar e ter um espaço no mundo do turfe que é bastante ingrato com o sexo feminino, Neném se transferiu para o turfe paulistano em buscas de novas oportunidades, onde chegou a galopar animais nas matinais do turfe, porém o peso a levou para outras funções. Em Cidade Jardim, ela foi Escovadora, Cavalariça e Segunda Gerente, trabalhando para grandes treinadores e também desenvolveu a função de Fiscal de Turfe no Departamento de Veterinária do JCSP. Com o falecimento do seu esposo e a crise que vem afetando o turfe de Cidade Jardim, Neném decidiu voltar a terra natal para ficar junto da família que ficou afastada durante anos.   

Com a esperança de se firmar no turfe pernambucano na profissão de treinadora o que não será fácil devido o número menor de proprietários, a profissional vai estrear oficialmente no 3º páreo da programação do sábado 12. O nome oficial no programa será E.S. Gomes e estará como responsável pelo animal Primeiro Encontro, este de sua propriedade que estreou sob sua responsabilidade, mas em nome do Treinador Isaias Ferreira, devido a documentação e liberação da comissão de corridas.   

Sou consciente que não será fácil se firmar como treinadora principalmente no momento que o turfe brasileiro passa por grandes dificuldades e no Nordeste não seria diferente, mas tenho como meta me firmar como treinadora na minha terra. Agradeço muito aos profissionais do turfe paulistano, aos comissários de corridas, e a todos que me deram apoio durante minha longa passagem em Cidade Jardim. Também quero agradecer a Direção do JCPE, aos comissários de corridas e aos colegas profissionais que me receberam muito bem. Disse a mais nova treinadora do turfe pernambucano, Maria Elisangela Silva Gomes. E.S.Gomes.   

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