sábado, 16 de abril de 2011

QUEM DISSE QUE CAVALO DADO NÃO SE OLHA OS DENTES!


Dr.Fernando Pinto
Existe um ditado popular que diz “Cavalo dado não se olha os dentes” Provavelmente, o autor desse ditado popular queria se desfazer de um cavalo velho e como era comum antigamente, se olhava a idade do animal pelos dentes, pratica essa, que ainda é usada por alguns  criadores e comerciantes de cavalo. Mas hoje em dia é mais comum ter em mãos o registro do animal desde que o mesmo pertença a uma raça especifica e seja registrado. Com o avanço da medicina veterinária, quem ganhou ou comprou um cavalo tem sim que olhar os dentes e se possível trazer o veterinário especialista para realizar vista periódica no animal no mínimo uma ou duas vez ao ano.
A odontologia equina é de suma importância na saúde e no desempenho atlético dos cavalos, no entanto, é uma área relativamente nova como especialidade veterinária. Proprietários, treinadores e veterinários estão cada vez mais valorizando o exame e o tratamento, incluindo na rotina dos animais principalmente nos centros mais adiantados.
O veterinário Dr. Fernando Antonio Pinto, aconselha exames periódicos no mínimo duas vezes ao ano quando se trata especificamente de cavalos atletas quer estão em plena atividade. Segundo o veterinário, é essencial para saúde bucal do cavalo, pois a interferências no desgaste dos dentes podem interferir na saúde, no desempenho, até no temperamento e na longevidade do animal. No Brasil e principalmente no Nordeste a odontologia equina ainda é pouco conhecida e utilizada por criadores e proprietários principalmente de cavalos atletas que competem em provas de saltos, corridas, vaquejadas e outros esportes. Mas no futuro essa pratica deverá ser mais utilizada. 
O desgaste dos dentes é um processo normal e continuo ao longo da vida dos equinos. Não é, portanto nem um absurdo afirmar que a maioria dos eqüinos ao longo da vida desenvolverá as alterações dos desgastes dentários. A importância dessas alterações se deve a grande possibilidade de prejudicar a sanidade do animal e seu desempenho seja atlético ou não.   
Adquirido recentemente pelo Haras Bongy, o animal Vôo Solo passou por um tratamento dentário onde acusou através de exame que o animal estava apresentando problemas com Ponta Dentaria e Dentes de Lobo (Problema que vamos conhecer mais adiante). Ponta Dentaria. O tratamento é realizado em 1 hora e meia, dependendo do estado em que se encontre a dentição do animal, o mesmo fica em repouso no dia da intervenção e com uma alimentação bem reduzida devido ao procedimento utilizado. Já que o mesmo tem que ser sedado para realizar a intervenção voltando aos treinamentos no dia seguinte. No caso de uma extração (Dente de Lobo), o animal fica afastado dos treinamentos durante um período de 15 a 20 dias dependendo da recuperação. Além de Vôo Solo, foram tratados todos os animais que defende a farda ouro bolas preta do Haras Bongy. Tango Arabalero, Xixili, Canuti e Vista Grossa. Vôo Solo deverá voltar aos treinamentos no prazo de entre 10 a 15 dias.
Para esclarecer mais sobre a odontologia equina, Dr. Fernando Antonio Pinto elaborou um folheto explicativo sobre problemas da dentição dos eqüinos, respondendo as perguntas mais freqüentes dos proprietários, criadores e treinadores.
 - A partir de que idade deve-se proceder ao primeiro exame dentário?
Dr. Fernando: Animais em inicio de treinamento aos 2 ou 3 anos, requerem um exame odontológico detalhado, para que o seu nivelamento possa ser procedido.  No entanto, é sempre bom observar os animais desde potrinhos.
- Quais as razões palas quais há grandes necessidades dessa pratica?
Dr. Fernando:
- Cólicas, queda na performance atlética e perda de condição física podem esta  relacionada à saúde oral do animal.
- O papel do dentista na doma é torna-se essencial, pois o conforto pelo tratamento o trabalho do treinador e o aprendizado dos potros fica mais fáceis e menos estressante, melhorando o resultado final.
- A exigência cada vez maior dos nossos cavalos de performance, iniciando-os em esportes cada vez mais cedo.
- Quais os sinais de problemas dentários ou da cavidade bucal?
Dr. Fernando
- Emagrecimento sem causa especifica, onde o animal muitas vezes come bem, porém não ganha peso.
- Perda de alimentos pela boca
- resistência em executar alguns movimentos, mascar o freio ou animal que movimenta muito a cabeça após alguns comandos com as rédeas.
- Perda de performance dificuldades em paradas, recuou ou viradas
- Cólicas freqüentes, presenças de grandes partículas de alimentos nas fezes.
- odor desagradável oriundo da boca ou narina.
Quais os problemas mais comuns encontrados na arcada dentaria dos equinos?
Dr. Fernando
- os diagnósticos mais freqüentes são:
Ponta Dentaria: problema esse que quando apresenta em excesso, podem lesionar as bochechas e a língua, causando dificuldades na mastigação e na adaptação nas embocaduras.
Dente de Lobo: é um dente sem função na mastigação, mas pode entrar em contato com o bridão. O cavalo pode reagir ao desconforto e a dor jogando a cabeça para o alto, ou mordendo a embocadura, com falta de apoio. Podem também ferir as bochechas e a língua. Veterinários aconselham a retirada desse dente o mais rápido possível principalmente em cavalos atletas.
Rampas: provocam lacerações, problemas na articulação da mandíbula e adaptação com a embocadura.
Gancho Rostral: distúrbio diretamente relacionado com lesões de língua, bochechas e dificuldade de apóia o freio ou bridão. A ocorrência  de ganchos é uma deficiência ou assimetria de desgaste em apenas um local da superfície oclusal que, entre outras causas possíveis, pode ter relação com o confinamento dos equinos. Em confinamento, quase sempre a alimentação  é disponibilizada acima do nível do solo, por tanto, em desacordo com o habito natural de se alimentar dos equinos.
Degrau: promove uma dinâmica de mastigação errada, além de dificultar a erupção correta do pré-molar superior correspondente.
Ondas: além de dificultar a mastigação, são responsáveis pelo desgastes irregulares que formam depressões e relevos na superfície bucal de arcadas opostas. As ondas são atribuídas ao retardo da erupção de um ou mais dentes descíduos, ou perdas dentarias. Em pôneis, a prevalência de ondas é alta e esta relacionada à inclinação mandibular acentuada em sentido caudal.
Os interessados em mais informações, tirar duvidas ou agendar um consulta. O contato do Dr. Fernando Antonio Pinto é:
Fone: (81) 99259565
email – vetrecife@hotmail.com

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