CABO DE AÇO: DE SEIS MESES A UM ANO FORA DE COMBATE.

Dr. Juscelino Ribeiro examinando
a lesão de cabo de Aço 

 Depois de ter ficado afastado das competições por mais de seis meses, o alazão Cabo de Aço, um filho de Dancer Man e Tabira de criação e propriedade do Stud Silver Blue Star, deverá passar por mais um período de seis meses a um ano fora de atividade. O motivo do afastamento se deu por conta do agravamento da lesão nos ligamentos do anterior direito e uma pequena inflamação no anterior esquerdo, que se agravou na corrida do dia 16 de agosto na programação do Clássico Roberto Sá, quando o mesmo venceu a Prova Especial José Vicente de Araújo, na distância de 1.800 metros. Os problemas da lesão nos locomotores de Cabo de Aço começaram no dia 26 de novembro de 2011, na disputa da 3ª prova da tríplice coroa pernambucana. Ele já tinha vencido as duas primeiras provas e era favorito absoluto para ser o tríplice coroado pernambucano, quando na primeira passagem do espelho já era visível  que não estava bem na corrida, o que era para ele apenas cumprir tabela. Mesmo lesionado, Cabo de Aço mostrando muita raça completou o percurso de 2000 mil metros finalizando na segunda colocação.

Segundo infirmou o Dr. Juscelino Ribeiro, a lesão se deu por motivo de muito esforço e também de uma particularidade genética do animal  que tem a quartela muito grande, isso faz com que o esforço em cima dos ligamentos seja bem maior,  tanto nos galopes quanto nas corridas.

Para esse tipo de lesão, o tratamento consiste em primeiro fazer reduzir o máximo à inflamação através de administração de antiinflamatórios, exercícios controlados de preferência natação, equilibrar os cascos com ferraduras especiais (corretivas), terapia com calor e frio (gelo), e também pode ser feito infiltração com células tronco ou com iodo 2%. O período de repouso também vai ser de acordo com a recuperação do animal que deverá ser avaliado a cada 30 ou 45 dias através de ultra-sonografias.

No caso de Cabo de Aço, Dr. Juscelino Ribeiro, calcula em torno de seis meses a um ano para se ter um diagnóstico definitivo. Durante o exame, era nítida a expressão de tristeza da equipe do Stud Silver Blue Star, que vinha se dedicando ao máximo para garantir a inscrição do craque na maior prova do turfe nordestino o Grande Prêmio Bento Magalhães.