quinta-feira, 18 de setembro de 2014

FESTA PERNAMBUCANA NA TARDE DE GALA DO TURFE GAÚCHO.

A.F.Matos vence o primeiro clássico no hipódromo do Cristal.
O turfe gaúcho teve uma quinta-feira de gala com a realização do desafio dos campeões Russell Baze x Jorge Ricardo. Foi uma tarde impa que entra para história do turfe gaúcho, e do turfe brasileiro. Turfistas do Brasil e do mundo estavam de olho no desenrola das corridas principalmente nos páreos reservados para o desafio dos maiores vencedores do planeta  que finalizou com a vitória do brasileiro J.Ricardo,  com a diferença de apenas um ponto.

Mas a festa gaúcha que recebeu turfistas de todas as partes do Brasil, também teve festa pernambucana com duas lindas vitórias do jóquei pernambucano Antonio Ferreira Matos, que vai se firmando cada vez mais no Cristal. A.F.Matos venceu o 3º páreo , 1.200 metros,  com a égua Ipotó, treinamento de C.Carvalho,  e o 9º páreo também disputado na distancia de 1.200 metros, o Clássico Imprensa – 50 Anos do Jornal Zero Hora. Foi a primeira vitória clássica de A.F.Matos no turfe gaúcho ao derrotar por diferença de um corpo a égua Latrebe, que teve a condução de C.Farias. Beduina Sarge é filha de Salute The Sarge e Dama da Arte por Mensageiro Alado, de criação do Haras Cima e de propriedade de Eduardo Lubianca e Mário Marquez,  treinamento de L.C.Avila .  Beduina Sarge registrou o tempo de 1m15s10 para a distância.

JORGE RICARDO, UM EXEMPLO DE TENACIDADE E AMOR A PROFISSÃO.

Jorge Ricardo: Maior ídolo do turfe brasileiro
Aos 52 anos, Jorge Antônio Ricardo, carioca do Leblon, torcedor do Botafogo e jóquei brasileiro mais vitorioso de todos os tempos, é um homem rico. Mas sua maior fortuna não é o dinheiro nem os imóveis que conseguiu acumular depois de mais de 12.300 vitórias, em 38 anos de carreira. Suas maiores riquezas são a moral, a decência, a lealdade, a dignidade e o sublime amor à sua profissão. Amanhã, no Hipódromo do Cristal, em Porto Alegre, ele vai travar um duelo histórico com outro senhor de mais de 50 anos, como ele. Russell Baze, um canadense com saúde de ferro e com força de vontade e paixão pelas rédeas, igualmente proporcionais às dele. Esses dois ícones do turfe mundial, os dois maiores ganhadores de páreos de todos os tempos, são exemplos para as novas gerações de jóqueis. Exemplo de como o trabalho, a profissão e a perseverança está acima de qualquer bem material.
Jorge Ricardo nunca teve moleza em sua vida profissional. Seu pai, Antônio Ricardo, freio de classe internacional, travou duelos memoráveis com o lendário Luiz Rigoni e com os famosos “chilenos” Juan Marchant, Francisco Irigoyen, Oswaldo Ulloa e Luiz Dias e foi sempre um professor exigente. Preparou o filho de forma incansável na parte técnica. E fez questão de ressaltar, para o filho, os próprios erros na vida pessoal e profissional, fazendo-o jurar não cometê-los. Nascido em 1961, Ricardinho debutou no turfe, como aprendiz, em 1976. E o fez com vitória no dorso de Taim, propriedade de Israel Poyastro e preparado com carinho pelo pai, para que o filho sonhador que queria ser tão bom quanto ele, sentisse logo o sabor de vencer. Jorge Ricardo provou o paladar da vitória. Nunca mais outro ser humano na face da Terra gostou de ganhar mais do que ele.
Depois de encarar um professor carrasco na figura do pai, Ricardinho pegou na raia um rival do tope do alagoano Juvenal Machado da Silva, com certeza um dos mais talentosos e geniais jóqueis de toda a história do turfe nacional. Por coincidência, a primeira vitória de Juvenal na estatística, em 1976, foi obtida na primeira temporada de Ricardinho nas pistas. Até 1981, Juvenal manteve a hegemonia na Gávea. Em 1982, num duelo titânico que só acabou na última reunião da temporada, Jorge Ricardo superou o fenomenal nordestino. E daí em diante, por 24 anos, até se transferir para o turfe argentino, em 2006, Jorge Ricardo reinou absoluto. Foram recordes sul-americanos, estatísticas, clássicos etc. Em Buenos Aires, Ricardinho alcançou e ultrapassou Russell Baze. Um linfoma, porém, o tirou de circulação por quase um ano e o levou para as sessões de quimioterapia. Ricardo derrotou o câncer e voltou a montar. Baze já sabia de sua existência e tratou de fugir na frente. Ricardo, mais vez, o superou. Depois de tirar boa margem sobre o oponente, um acidente em que sofreu várias fraturas no cotovelo direito o afastou das competições.
Mais uma vez Russel Baze voltou à liderança mundial. Agora, Jorge Ricardo tem tido enorme dificuldade para descontar. Baze continua seu reinado absoluto no Hipódromo de Golden Gate Fields, com quatro reuniões semanais apenas, mas em páreos com poucos concorrentes em que ele monta quase todos os favoritos. Ricardo precisa enfrentar Pablo Falero, Altair Domingos, Francisco Leandro, Edwin Talaverano, Anselmo Zaccharias, Eduardo Pavon Ortega, Juan Villagra, enfim a nata do turfe sul-americano em provas de campos numerosos, em dois hipódromos internacionais: San Isidro e Palermo.
Às voltas com uma artrose no ombro e a recuperação gradativa da flexibilidade no cotovelo, Ricardo continua na luta intensa pelo topo do mundo. Uma luta dramática, sofrida, obstinada e heroica. Tem pela frente um adversário duro, incansável e que não se mostra disposto a perder pela terceira vez sua posição extraordinária de maior ganhador de páreos de todos os tempos. Todo turfista brasileiro deve fazer o possível para viver essa tarde histórica no Cristal. Porto Alegre vai presenciar um encontro de heróis. Um encontro de duas lendas do turfe mundial em pleno solo brasileiro. Parabéns, turfe gaúcho! Parabéns, Russell Baze! Obrigado, Jorge Ricardo!

Matéria transcrita do Site Raia Leve

Assinada pelo Jornalista Paulo Gama.

domingo, 14 de setembro de 2014

STOCKHOLDER: O GIGANTE ACORDOU.

A alegria de do treinador M.Ferreira e do jóquei Fábio Silva
com a vitória de Stockholder
Depois de vários fracassos no areão pernambucano, o alazão Stockholder voltou a vencer resgatando toda a confiança dos turfistas que não mais acreditavam em sua recuperação. O treinador M.Ferreira acreditava que o filho de Dancer Man faria uma boa corrida e poderia até ganhar o páreo. E foi o que aconteceu, Stockholder, para mim era como um vulcão adormecido que a qualquer hora poderia acordar e foi o que aconteceu, mas ele ainda não esta cem por cento do que queremos disse o treinador que não escondia o entusiasmo com o feito do seu pupilo.

corrida.

Na partida, Maontaigner Avenuer foi para dianteira com Vantaggio e Stockholder brigando pelo segundo lugar, com Stockholder levando pequena vantagem. Hard Propector fez a primeira passagem na última colocação. Na seta dos 1.400 metros finais, Montaingner Avenuer segue ensinando o caminho, e Hard Prospector pega uma passagem por dentro e passa para segundo com Stockholder em terceiro e Vantaggio em quarto.
 Na reta oposta, Stockholder parte para cima da líder, e na saída para a grande curva assume a ponta com Montaigner Avenuer e Hard Prospector brigando pela segunda colocação com Vantaggio, que ficou muito atrás após a primeira passagem do disco se aproximando do pelotão. Na reta final, Stockholder e levado para a raia de fora, enquanto Montaigner Avenuer  tenta ameaçar pelo centro da pista e Vantaggio  aproximando-se  por dentro. Nos 150 finais, Stockholder  sempre correndo por fora, ampara a forte atropelada de Vantaggio pela baliza um, e garantiu a segunda foto para o Stud São José dos Bastiões que antes comemoraram a vitória de poste a poste de Gilcrease na Chamada Especial, Gilson Allain Teixeira, titular do Stud Ganny.

No páreo de abertura, Jeux D’Amour confirmou o seu favoritismo e derrotou Concept nos metros finais após uma acirrada disputa nos metros finais. No 2º segundo páreo, Validitá não teve dificuldade para voltar à foto da vitória. A filha de Yagli (USA),  se apresentou bem melhor em relação as últimas corridas. No 3º páreo, Lampião do Birigui precisou de 95.8s, para derrotar em final de muito rigor Uluru, e Aero-Bomb, que formou a trifeta.  No páreo reservado para animais da raça pônei, Miucha e Maçã, foram os vencedores após uma acirrada disputa da partida a chagada com Miucha vencendo com a diferença de meio corpo para Maçã. Mesmo com cinco páreos de PSI com quatro animais em cada páreo, e um páreo para animais da raça pônei, o publico presente surpreendeu lotando grande parte das arquibancadas.

Resultados.
1º páreo 1.000 metros.
1º Jeux D’Amour            Fábio Silva
2º Cencept                      L.Soares ap2
3º  Donna do Gravatá   A.C.Almeida ap-2
4º  Dudua do Depiguá   E.Lima ap-4
Vem (3) R$. 3.00 Dupla (32) R$.6.10  tempo  63.6s
Jeux D"Amour: A primeira de Fábio Silva. Ainda tem mais!
Manelito, Dr. Pedro, Léo, Marco Sire e amigos na foto
da vitória de  Jeux DA'mour no 1º páreo.
2º páreo  1000 metros .
1º  Validitá                 L.Henrique ap-2
2º  Cape Canaveral   E.Lima ap-4
3º  Bey Bey Baby       J.T.Silva
4º  Retilinio                L.Soares ap-2 
Vem (1 ) R$.1.90  Dupla (13) R$. 7.20 tempo  61.2s 
Perfeita condução do garoto L.Henrique no dorso de Validitá
Titulares e amigos do Stud F&C comemorando a
 expressiva vitória de Validitá no 2º páreo.
3º páreo 1.500 metros. Chamada Especial.
1º Lampião do Birigui     F.Benone
2º Uluru                            L.Henrique ap-2
3º Aero-Bommb              Fábio Silva
4º Energia Experiente    J.Júlio
Vem (2) R$. 3.80 dupla (21) 7.60 R$ tempo  95.8s
Lampião do Birigui vence em final de muito rigor
Dr, Carlos, Zeca Goldstein, o presidente do JCP, Paulo Paiva,
Marcos Sire Cortez e Ivon Junior, na foto da vitória de Lampião do Birigui.
4º páreo 1.500 metros
1º Gilcrease                Fábio Silva
2º  Doctor Stoke        J.Júlio
3º Royal Pacific          L.Soares
4º John The Doctor   A.C.Almeida
Venc (2 ) R$. 1.70 dupla (24) R$.3.70   tempo  94.s
Foi fácil e de ponta a ponta a vitória de Gilcrease.
 A segunda de Fábio Silva.
Renatinha Allain e Léo Teixeira fizeram a entrega do troféu em homenagem
ao grande Gilson Allain, que por problemas de saúde não pode comparecer.
5º páreo 2000 metros
1º Stockholder                   Fábio Silva
2º Vantaggio                       L.Henrique ap-2
3º Montaigner  Avenuer   J.T.Silva
4º Hard Prospector            J.Júlio
Venc (2)  R$ 3.60  dupla (24)   tempo  130.2s.

Stockhlder: O gigante acordou e Bambino faturou mais uma.
O presidente do JCP, Paulo Paiva vibrou muito com a recuperação e a vitória
de Stockholder no areão da Madalena.
6º páreo - Prova preparatória – Escola de jóqueis
200 metros. (Pôneis)   
1º Miucha       Kleiton Lucas
2º Maçã           Guilherme Sores
3º Milk             Ruan Pablo
4º Pandora      Gabriel Martins
5º Estilo           Diego Soares
6º Único          Luiz Henrique
Vem (1)  dupla (12) tempo. 19.06s
A garotada mandou vê e proporcionaram uma chegada
bastante disputada no páreo reservado
 para animais da raça pônei.